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Levantamento inédito da organização Global Witness (@global_witness) revela que …


Levantamento inédito da organização Global Witness (@global_witness) revela que um a cada três bois comprados por JBS, Marfrig e Minerva de fazendas localizadas no Cerrado mato-grossense foi criado em área desmatada para virar pasto.

Os dados levantados pela Global Witness em Mato Grosso são sintomas de um problema maior: o Cerrado é o bioma mais devastado pelo avanço do agronegócio no Brasil. Além do gado de corte, monoculturas de larga escala como soja, milho e algodão produzem sucessivos recordes de desmatamento. Em novembro de 2023, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou que o Cerrado brasileiro perdeu impressionantes 11 mil quilômetros quadrados de vegetação entre agosto de 2022 e julho de 2023. É uma área equivalente a duas vezes o tamanho do Distrito Federal, que possui 5,76 mil quilômetros quadrados.

“A Amazônia possui proteções legais que o Cerrado não tem. Portanto, acreditamos que fazendeiros que atuavam na Amazônia estão se deslocando para áreas no Cerrado. Essencialmente, eles estão deslocando o problema”, diz Veronica Oakeshott, chefe de campanhas florestais da Global Witness, em entrevista a SUMAÚMA.

Leia mais em sumauma.com ou no link da bio sobre o Cerrado, o bioma sacrificado.

Reportagem: Rafael Moro Martins
Fotos: Marizilda Cruppe/Greenpeace, Amanda Perobelli/Reuters
Infográfico: Rodolfo Almeida/SUMAÚMA



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Único país de língua portuguesa em toda a América, o Brasil continua a ser defin…


Único país de língua portuguesa em toda a América, o Brasil continua a ser definido por sua história colonial extrativista. O próprio nome do povo brasileiro remete diretamente ao doloroso trabalho braçal necessário ao corte e à exportação dos duríssimos troncos da árvore de pau-brasil.

O contraste com o México não poderia ser mais gritante. Maior país de língua espanhola da América, com uma população fortemente mestiça, muito mais indígena do que branca ou preta, ele traz em seu nome e bandeira, desde a independência, em 1821, marcas indeléveis do povo conhecido como Mexica ou Asteca, isto é, da etnia indígena predominante no vale central do México quando da chegada dos invasores espanhóis.

Os Mexica fundaram sua capital, Tenochtitlán, que depois viria a originar a Cidade do México, no lugar em que teriam avistado, sobre um cacto, uma águia dominando com suas garras uma temível serpente. Esse foi justamente o símbolo escolhido para a bandeira. É como se o Brasil se chamasse Tupi e tivesse em sua bandeira um grafismo típico dessa cultura.

Se um dia decidirmos finalmente fechar as veias abertas da América Latina e nos livrarmos da exploração de todos os tipos de gringos, será pela afirmação de nossa raiz Afro-Indígena, que insiste em verdejar a vida como uma sumaúma na floresta, uma gameleira no cerrado, um cacto no deserto.

Leia a coluna completa de Sidarta Ribeiro (@sidarta_ribeiro) em sumauma.com ou no link da bio.

Arte: @cacaosousaa



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Você já conhece a Gira? A cada duas semanas recomendamos uma seleção de notícias…


Você já conhece a Gira? A cada duas semanas recomendamos uma seleção de notícias sobre a Amazônia a quem deseja se aprofundar nos assuntos que cobrimos em SUMAÚMA. Nesta semana, leia mais sobre a batalha religiosa na Amazônia, a busca por peixes-elétricos e como evitar o “ponto de não retorno” e outras histórias. O link para as reportagens está na nossa bio.

Por @washingtonpost, @reporterbrasil, @infoamazonia, @agenciapublica, @observatoriodoclima, @nexojornal, @agenciafapesp, @mongabaybrasil, @revistaamazonialatitude



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Sabia que você pode adotar cães e gatos abandonados após a desintrusão da Terra …


Sabia que você pode adotar cães e gatos abandonados após a desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã, no Pará? A região mais desmatada da Amazônia brasileira viveu entre outubro e dezembro do ano passado um longo e tenso processo para a retirada de invasores ilegais. E a saída completa dos grileiros deixou uma quantidade exorbitante de cães e gatos abandonados. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o Ibama e outros parceiros voluntários organizam uma campanha nacional. Saiba mais no site www.adoteapyterewa.com.br (o link está disponível na nossa bio).

Fotos: Ibama/Divulgação Operação Desintrusão Apyterewa, Reprodução



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O Sextou de hoje te leva para a pista! O DJ Eric Terena (@ericterena) respira …


O Sextou de hoje te leva para a pista! 🎛️🎛️🎛️

O DJ Eric Terena (@ericterena) respira música desde cedo. Seu povo, os Terena, da Terra Indígena Cachoeirinha, no Pantanal sul-mato-grossense, é muito musical. Ele é instrumentista desde a infância, seus primos têm uma banda indígena de rock, a Control A, seu pai trabalha em uma rádio e toda a família canta e dança.

“A construção de identidade do mundo terena mistura música, cultura e religiosidade. A música não é um plus, é parte da gente”, conta Eric Terena, nascido em Campo Grande.

Prova disso é o “kohixoti-kipaé”, uma dança terena tradicional, embalada por uma caixa rítmica, uma flauta e o canto do pajé.

Aos 16 anos, Eric já trabalhava como DJ em formaturas e casamentos. Na faculdade de jornalismo fez disso uma profissão, incorporou músicas indígenas, estudou inglês, buscou referências nacionais e internacionais e se definiu como um DJ indígena.

Hoje tem a agenda lotada e toca para até 15 mil pessoas em festivais como Brasil É Terra Indígena e Universo Paralelo e eventos como as COPs (Conferência das Partes da ONU) do Egito e de Dubai, o Pacto Global da ONU e O Futuro É Ancestral, do DJ Alok.

Orgulha-se de ter se apresentado em mais de 14 países. “Eric Terena, do povo indígena Terena, em clubes renomados em que só tocavam grandes DJs internacionais. Isso é muito significativo para mim.”

“A música não é só música, sempre tem um propósito”, afirma Eric, que também trabalha como comunicador indígena na Youth4Climate Brasil e na Mídia Indígena.

Seu propósito é defender a cultura e o território de seu povo. Certa vez publicou em suas redes que iria usar um cocar indígena em uma apresentação. Teve uma série de contratos cancelados. “Acharam talvez hilário, talvez estranho. Isso foi um pouco do choque que sofri. Mas foi importante para ver se eu estava preparado para fazer essa defesa.”

A geração de DJs indígenas da qual faz parte tem ainda nomes como Scott Hill Guarani Kaiowá, Nelson D, Rapha Anacé e Brendo Tuxá.

Eric está lançando um álbum com DJs não Indígenas e artistas Indígenas da América Latina. A prévia de algumas músicas está disponível em seu perfil. Conheça o seu trabalho em @ericterena.



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No próximo domingo, 25, Jair Bolsonaro (PL) tentará dar uma demonstração de forç…


No próximo domingo, 25, Jair Bolsonaro (PL) tentará dar uma demonstração de força ao conclamar suas apoiadoras e apoiadores para um ato em São Paulo, maior cidade brasileira. Desde 8 de fevereiro, quando a operação da Polícia Federal Tempus Veritatis (Tempo da Verdade) começou a detalhar como o ex-presidente, alguns militares de alta patente e um grupo de civis planejaram um golpe de Estado para perpetuar o extremista de direita no poder, Bolsonaro sabe que, pela primeira vez na sua longa ficha corrida de impunidades, há grandes chances de ele ser preso pela Justiça Comum. Assim, apresenta-se como perseguido, vítima de arbítrio e aposta todas as suas fichas no ato na Avenida Paulista para mostrar que parte do Brasil ainda é dele. Mas muito mais do que o indivíduo Bolsonaro, o que estará em exibição será o tamanho e o vigor da base bolsonarista, que já está em disputa.

Bolsonaro compreendeu bem o papel que a Amazônia desempenha em um mundo em colapso climático. E compreendeu como manipular a insegurança de pessoas num momento em que o superaquecimento global provoca eventos extremos capazes de literalmente tirar o chão dos pés de uma população que já se sente desamparada por mudanças que não compreende. Apesar de espertamente “negar” a crise climática, Bolsonaro, assim como Donald Trump, se beneficia largamente da insegurança ampliada por um planeta em mutação.

Não por acaso seu principal projeto de poder, ao assumir a presidência em 2019, era converter as áreas públicas da Amazônia, grande parte delas de ocupação indígena, em terras privadas para a exploração – de minérios, de soja, de boi ou simplesmente para especulação imobiliária.

Agora que Bolsonaro se tornou inelegível por oito anos e possivelmente será preso, quem pode encarnar esse lugar e representar uma parte da população que experimentou o gosto de se sentir representada em suas inseguranças, medos e brutalidades e não está disposta a perder o conforto de se sentir legitimada?

Leia editorial escrito por Eliane Brum (@brumelianebrum) em sumauma.com ou no link da bio.

Fotos:Pedro Ladeira/Folhapress e Danilo Verpa/Folhapress



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Fazendas de gado que abastecem os três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Mar…


Fazendas de gado que abastecem os três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Marfrig e Minerva – desmataram em Mato Grosso, em menos de dois anos, uma área de Cerrado equivalente a toda parte urbana de Brasília e arredores, de acordo com um relatório inédito da organização britânica Global Witness (@global_witness) analisado com exclusividade no Brasil por SUMAÚMA. O estudo mostra ainda que a maior parte dessa destruição ocorreu de maneira ilegal. Em 2023, o Cerrado ultrapassou a Amazônia e voltou a ser o bioma mais desmatado do país, o que não acontecia desde 2018. A metade de sua cobertura florestal já foi destruída para dar lugar a pasto, lavouras – principalmente de soja, milho e algodão – e cidades.

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil, Mato Grosso é o estado que abriga o maior rebanho bovino do país. Eram 34 milhões de animais em 2022, registra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – ou nove bois para cada habitante humano. Foi também onde mais se mataram bois e vacas para a venda da carne em 2022: algo como 4,7 milhões, ou 16% dos quase 30 milhões de abates em todo o Brasil. O total de bovinos mortos no país aumentou 7,5% em relação a 2021.

Mato Grosso é um exemplo de como a legislação ambiental é mais tolerante com o desmatamento no Cerrado. O estado exige que apenas 35% de vegetação original seja preservada em propriedades rurais no bioma – na Amazônia, o percentual pode chegar a 80%. A Global Witness destaca ainda que um a cada três bovinos comprados por JBS, Marfrig e Minerva de fazendas localizadas no Cerrado mato-grossense viveu em área desmatada para virar pasto.

Os achados da Global Witness são fruto do cruzamento de dados disponíveis ao público com outras informações que as autoridades costumam manter em sigilo. Saiba mais em sumauma.com ou no link da bio.

Reportagem: Rafael Moro Martins
Fotos: Cesar Diniz, Amanda Perobelli/Reuters, @Josemoraes/Getty Images, Rubens Cavallari/Folhapress, Alessandro Falco/SUMAÚMA e Paulo Whitaker/Reuters



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A redução no desmatamento da Amazônia é o resultado mais expressivo que Lula pôd…


A redução no desmatamento da Amazônia é o resultado mais expressivo que Lula pôde apresentar ao final do primeiro ano de seu terceiro mandato. É uma vitória pessoal da ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva. Mesmo enfrentando resistência dentro do governo e no Congresso Nacional – inclusive na base em tese aliada –, a ministra foi capaz de garantir a retaguarda política necessária para o retorno da fiscalização de crimes ambientais. De volta ao governo federal desde que perdeu uma disputa para o desenvolvimentismo então encarnado por Dilma Rousseff – que começou o primeiro mandato de Lula como ministra das Minas e Energia e em 2008, numa demonstração de prestígio, foi alçada à chefia da Casa Civil –, Marina hoje tem mais força para se fazer escutar numa gestão que se diz comprometida com o enfrentamento da crise climática. Mais de 15 anos depois de encerrar sua primeira gestão como ministra, o contexto atual aponta uma preocupação interna e externa muito maior com a crise climática e seus efeitos sociais e econômicos catastróficos.

A vitória contra o desmatamento – mesmo num ano em que a ocorrência de incêndios na floresta, grande parte deles criminosa, explodiu – é resultado do esforço dos servidores de um dos órgãos da administração federal mais maltratados nos últimos anos, o @ibamagov. No início de janeiro deste ano, eles paralisaram as atividades de campo para forçar Lula a restituir pelo menos um pouco das perdas salariais que acumularam ao longo de anos sem reconhecimento. Em janeiro, primeiro mês da paralisação, houve uma queda de 69% nas multas ambientais em todo o Brasil. Na Amazônia, a queda foi de 88%. Lula já deu aumentos para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal, o que na opinião dos servidores demonstra um desequilíbrio nas prioridades de um presidente que se lançou como liderança ecológica global.

Leia em sumauma.com ou no link da bio como os desvalorizados servidores do Ibama deram a Lula o melhor resultado do seu governo, a queda de mais de 50% nos alertas de desmatamento na Amazônia.

Reportagem: Rafael Moro Martins
Fotos: Ibama e Lela Beltrão/SUMAÚMA (@lelabeltrão)



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