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Sabia que você pode adotar cães e gatos abandonados após a desintrusão da Terra …


Sabia que você pode adotar cães e gatos abandonados após a desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã, no Pará? A região mais desmatada da Amazônia brasileira viveu entre outubro e dezembro do ano passado um longo e tenso processo para a retirada de invasores ilegais. E a saída completa dos grileiros deixou uma quantidade exorbitante de cães e gatos abandonados. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o Ibama e outros parceiros voluntários organizam uma campanha nacional. Saiba mais no site www.adoteapyterewa.com.br (o link está disponível na nossa bio).

Fotos: Ibama/Divulgação Operação Desintrusão Apyterewa, Reprodução



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O Sextou de hoje te leva para a pista! O DJ Eric Terena (@ericterena) respira …


O Sextou de hoje te leva para a pista! 🎛️🎛️🎛️

O DJ Eric Terena (@ericterena) respira música desde cedo. Seu povo, os Terena, da Terra Indígena Cachoeirinha, no Pantanal sul-mato-grossense, é muito musical. Ele é instrumentista desde a infância, seus primos têm uma banda indígena de rock, a Control A, seu pai trabalha em uma rádio e toda a família canta e dança.

“A construção de identidade do mundo terena mistura música, cultura e religiosidade. A música não é um plus, é parte da gente”, conta Eric Terena, nascido em Campo Grande.

Prova disso é o “kohixoti-kipaé”, uma dança terena tradicional, embalada por uma caixa rítmica, uma flauta e o canto do pajé.

Aos 16 anos, Eric já trabalhava como DJ em formaturas e casamentos. Na faculdade de jornalismo fez disso uma profissão, incorporou músicas indígenas, estudou inglês, buscou referências nacionais e internacionais e se definiu como um DJ indígena.

Hoje tem a agenda lotada e toca para até 15 mil pessoas em festivais como Brasil É Terra Indígena e Universo Paralelo e eventos como as COPs (Conferência das Partes da ONU) do Egito e de Dubai, o Pacto Global da ONU e O Futuro É Ancestral, do DJ Alok.

Orgulha-se de ter se apresentado em mais de 14 países. “Eric Terena, do povo indígena Terena, em clubes renomados em que só tocavam grandes DJs internacionais. Isso é muito significativo para mim.”

“A música não é só música, sempre tem um propósito”, afirma Eric, que também trabalha como comunicador indígena na Youth4Climate Brasil e na Mídia Indígena.

Seu propósito é defender a cultura e o território de seu povo. Certa vez publicou em suas redes que iria usar um cocar indígena em uma apresentação. Teve uma série de contratos cancelados. “Acharam talvez hilário, talvez estranho. Isso foi um pouco do choque que sofri. Mas foi importante para ver se eu estava preparado para fazer essa defesa.”

A geração de DJs indígenas da qual faz parte tem ainda nomes como Scott Hill Guarani Kaiowá, Nelson D, Rapha Anacé e Brendo Tuxá.

Eric está lançando um álbum com DJs não Indígenas e artistas Indígenas da América Latina. A prévia de algumas músicas está disponível em seu perfil. Conheça o seu trabalho em @ericterena.



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No próximo domingo, 25, Jair Bolsonaro (PL) tentará dar uma demonstração de forç…


No próximo domingo, 25, Jair Bolsonaro (PL) tentará dar uma demonstração de força ao conclamar suas apoiadoras e apoiadores para um ato em São Paulo, maior cidade brasileira. Desde 8 de fevereiro, quando a operação da Polícia Federal Tempus Veritatis (Tempo da Verdade) começou a detalhar como o ex-presidente, alguns militares de alta patente e um grupo de civis planejaram um golpe de Estado para perpetuar o extremista de direita no poder, Bolsonaro sabe que, pela primeira vez na sua longa ficha corrida de impunidades, há grandes chances de ele ser preso pela Justiça Comum. Assim, apresenta-se como perseguido, vítima de arbítrio e aposta todas as suas fichas no ato na Avenida Paulista para mostrar que parte do Brasil ainda é dele. Mas muito mais do que o indivíduo Bolsonaro, o que estará em exibição será o tamanho e o vigor da base bolsonarista, que já está em disputa.

Bolsonaro compreendeu bem o papel que a Amazônia desempenha em um mundo em colapso climático. E compreendeu como manipular a insegurança de pessoas num momento em que o superaquecimento global provoca eventos extremos capazes de literalmente tirar o chão dos pés de uma população que já se sente desamparada por mudanças que não compreende. Apesar de espertamente “negar” a crise climática, Bolsonaro, assim como Donald Trump, se beneficia largamente da insegurança ampliada por um planeta em mutação.

Não por acaso seu principal projeto de poder, ao assumir a presidência em 2019, era converter as áreas públicas da Amazônia, grande parte delas de ocupação indígena, em terras privadas para a exploração – de minérios, de soja, de boi ou simplesmente para especulação imobiliária.

Agora que Bolsonaro se tornou inelegível por oito anos e possivelmente será preso, quem pode encarnar esse lugar e representar uma parte da população que experimentou o gosto de se sentir representada em suas inseguranças, medos e brutalidades e não está disposta a perder o conforto de se sentir legitimada?

Leia editorial escrito por Eliane Brum (@brumelianebrum) em sumauma.com ou no link da bio.

Fotos:Pedro Ladeira/Folhapress e Danilo Verpa/Folhapress



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Fazendas de gado que abastecem os três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Mar…


Fazendas de gado que abastecem os três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Marfrig e Minerva – desmataram em Mato Grosso, em menos de dois anos, uma área de Cerrado equivalente a toda parte urbana de Brasília e arredores, de acordo com um relatório inédito da organização britânica Global Witness (@global_witness) analisado com exclusividade no Brasil por SUMAÚMA. O estudo mostra ainda que a maior parte dessa destruição ocorreu de maneira ilegal. Em 2023, o Cerrado ultrapassou a Amazônia e voltou a ser o bioma mais desmatado do país, o que não acontecia desde 2018. A metade de sua cobertura florestal já foi destruída para dar lugar a pasto, lavouras – principalmente de soja, milho e algodão – e cidades.

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil, Mato Grosso é o estado que abriga o maior rebanho bovino do país. Eram 34 milhões de animais em 2022, registra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – ou nove bois para cada habitante humano. Foi também onde mais se mataram bois e vacas para a venda da carne em 2022: algo como 4,7 milhões, ou 16% dos quase 30 milhões de abates em todo o Brasil. O total de bovinos mortos no país aumentou 7,5% em relação a 2021.

Mato Grosso é um exemplo de como a legislação ambiental é mais tolerante com o desmatamento no Cerrado. O estado exige que apenas 35% de vegetação original seja preservada em propriedades rurais no bioma – na Amazônia, o percentual pode chegar a 80%. A Global Witness destaca ainda que um a cada três bovinos comprados por JBS, Marfrig e Minerva de fazendas localizadas no Cerrado mato-grossense viveu em área desmatada para virar pasto.

Os achados da Global Witness são fruto do cruzamento de dados disponíveis ao público com outras informações que as autoridades costumam manter em sigilo. Saiba mais em sumauma.com ou no link da bio.

Reportagem: Rafael Moro Martins
Fotos: Cesar Diniz, Amanda Perobelli/Reuters, @Josemoraes/Getty Images, Rubens Cavallari/Folhapress, Alessandro Falco/SUMAÚMA e Paulo Whitaker/Reuters



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A redução no desmatamento da Amazônia é o resultado mais expressivo que Lula pôd…


A redução no desmatamento da Amazônia é o resultado mais expressivo que Lula pôde apresentar ao final do primeiro ano de seu terceiro mandato. É uma vitória pessoal da ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva. Mesmo enfrentando resistência dentro do governo e no Congresso Nacional – inclusive na base em tese aliada –, a ministra foi capaz de garantir a retaguarda política necessária para o retorno da fiscalização de crimes ambientais. De volta ao governo federal desde que perdeu uma disputa para o desenvolvimentismo então encarnado por Dilma Rousseff – que começou o primeiro mandato de Lula como ministra das Minas e Energia e em 2008, numa demonstração de prestígio, foi alçada à chefia da Casa Civil –, Marina hoje tem mais força para se fazer escutar numa gestão que se diz comprometida com o enfrentamento da crise climática. Mais de 15 anos depois de encerrar sua primeira gestão como ministra, o contexto atual aponta uma preocupação interna e externa muito maior com a crise climática e seus efeitos sociais e econômicos catastróficos.

A vitória contra o desmatamento – mesmo num ano em que a ocorrência de incêndios na floresta, grande parte deles criminosa, explodiu – é resultado do esforço dos servidores de um dos órgãos da administração federal mais maltratados nos últimos anos, o @ibamagov. No início de janeiro deste ano, eles paralisaram as atividades de campo para forçar Lula a restituir pelo menos um pouco das perdas salariais que acumularam ao longo de anos sem reconhecimento. Em janeiro, primeiro mês da paralisação, houve uma queda de 69% nas multas ambientais em todo o Brasil. Na Amazônia, a queda foi de 88%. Lula já deu aumentos para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal, o que na opinião dos servidores demonstra um desequilíbrio nas prioridades de um presidente que se lançou como liderança ecológica global.

Leia em sumauma.com ou no link da bio como os desvalorizados servidores do Ibama deram a Lula o melhor resultado do seu governo, a queda de mais de 50% nos alertas de desmatamento na Amazônia.

Reportagem: Rafael Moro Martins
Fotos: Ibama e Lela Beltrão/SUMAÚMA (@lelabeltrão)



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Nosso Sextou Amazônico de hoje sai um pouco da floresta para mostrar um encontro…


Nosso Sextou Amazônico de hoje sai um pouco da floresta para mostrar um encontro especial no Rio de Janeiro em meio ao Carnaval.

Davi Kopenawa, o líder e xamã Yanomami, e o escritor e filósofo Ailton Krenak haviam participado no mesmo carro alegórico do desfile do Salgueiro na madrugada do dia 12 de fevereiro. Mas Davi estava ansioso por um encontro mais calmo com Ailton – eles se conhecem desde as lutas que levaram ao reconhecimento dos direitos territoriais dos povos originários na Constituição de 1988.

Os dois se reuniram de novo na tarde do dia 13, quando o motorista de uma van contratada pela escola de samba levou os treze Yanomami que vieram da Amazônia a um mirante no Aterro do Flamengo, de frente para a Baía de Guanabara. O mirante, com vista para o Pão de Açúcar, fica ao lado de um monumento a Estácio de Sá, o militar morto em 1567 por uma flecha envenenada atribuída a Indígenas que viviam no litoral do Rio de Janeiro e se aliaram aos franceses contra os portugueses.

Depois do encontro no Aterro, Ailton e Davi foram jantar juntos. Mais tarde, Davi comentou, rindo, que os Indígenas chamam a Baía de Guanabara, poluída, de “lago fedorento”.

A passagem pelo mirante foi a única oportunidade para os quatro Yanomami que vieram da porção do território que fica no estado do Amazonas — os demais nove vieram de Roraima — conhecer um ponto turístico do Rio. Os quatro, entre eles Carla Lins Yanomami, presidenta da associação de mulheres Yanomami, seguiram para o aeroporto para iniciar a longa viagem de volta à região do Alto Rio Negro, e não estarão no desfile das escolas campeãs, amanhã, do qual o Salgueiro fará parte.

Enquanto bebiam água de coco durante o passeio, Davi Kopenawa foi reconhecido pelo vendedor Emir. “Esse não é o líder da Amazônia que desfilou no Salgueiro?”

Se o título de melhor escola não veio, o desfile que mostrou a dor e a beleza de ser Yanomami ajudou a levar os rostos indígenas mais longe.

Fotos: @lelabeltrao/SUMAÚMA
Texto: Claudia Antunes (@claudiapantunes)



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Eles andavam sobre os escombros, buscando abrigo num cenário de destruição. As c…


Eles andavam sobre os escombros, buscando abrigo num cenário de destruição. As casas onde viviam já haviam sido demolidas, mas permaneciam o cheiro, a memória, alguma referência de lar. Centenas de gatos e cachorros passaram a vagar sem rumo na Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã, no Pará. A região mais desmatada da Amazônia brasileira viveu entre outubro e dezembro do ano passado um longo e tenso processo de desintrusão para a retirada de invasores ilegais da Terra Indígena. E a saída completa dos fazendeiros ilegais deixou um saldo inesperado. Uma “exorbitante quantidade de cães e gatos abandonados”, segundo documento feito por profissionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que agora faz uma campanha pela adoção deles.

Os fazendeiros tiveram autorização do Ibama para retirar o gado de fazendas ilegais até 31 de janeiro. Pelo forte interesse econômico, a maioria providenciou a retirada dos bois. Mas cachorros, gatos, porcos e galinhas ficaram totalmente perdidos e abandonados. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o Ibama e outros parceiros voluntários organizam agora uma campanha nacional, que pode ser acessada no site www.adoteapyterewa.com.br, para a adoção dos cães e dos gatos.

Ainda restam cerca de 10 mil bois para serem removidos da Terra Indígena, diagnóstico feito a partir de sobrevoo na segunda semana de fevereiro. Esses animais, maiores vítimas da ganância humana que destrói a floresta, costumam ir para o abate. Mas aos cães e gatos, pelo menos, é possível dar um novo lar. E um recomeço.

Leia mais em sumauma.com ou no link da bio.

Reportagem: Malu Delgado
Fotos: Ibama/Divulgação Operação Desintrusão Apyterewa, Reprodução



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Aplaudindo com entusiasmo a cada nota 10 que a Acadêmicos do Salgueiro (@salguei…


Aplaudindo com entusiasmo a cada nota 10 que a Acadêmicos do Salgueiro (@salgueirooriginal) recebia dos jurados, Davi Kopenawa, o líder e xamã Yanomami, assistiu na Quarta-Feira de Cinzas, na quadra da escola, à apuração do desfile das escolas de samba do grupo especial do Carnaval do Rio.

Havia muita ansiedade na quadra, no bairro do Andaraí, porque no ano passado o Salgueiro ficou fora do desfile das campeãs, do qual participam as seis agremiações mais bem colocadas, de um total de 12. Muitos especialistas em Carnaval avaliaram que a estética do desfile inspirado no livro A Queda do Céu, de Davi e do antropólogo Bruce Albert, não estava à altura da força do enredo. Mas, no final, foi o samba potente e combativo sobre a “Hutukara” – na cosmologia Yanomami, o primeiro céu que caiu, formando a terra atual – que garantiu ao Salgueiro o quarto lugar, a volta ao Sambódromo no próximo sábado e a alegria dos salgueirenses e dos Yanomami.

Davi estava acompanhado, entre outros, de seu filho Dário, do também xamã Manoel, da artista Ehuana, do cineasta Morzaniel e de Julio Rodrigues – da etnia Ye’kwana, o outro grupo que vive na terra Yanomami. Eles sentaram na primeira fila, de frente para o telão que exibia a apuração, feita na Cidade do Samba, na Gamboa, Zona Portuária do Rio. Muito assediados para tirar fotos com os componentes da escola, os Yanomami plantaram, antes da apuração, três mudas de mogno no exíguo jardim da quadra, onde hoje só existem um coqueiro e duas bananeiras. Davi, que a essa altura já estava meio cansado de tanta fotografia, amoleceu diante das crianças salgueirenses que o ajudaram no plantio.

Texto: Claudia Antunes (@claudiapantunes)
Fotos: Lela Beltrão (@lelabeltrao)



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