Em 2004, uma pesquisa publicada na revista científica PubMed, da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, mostrou que o pigmento roxo produzido pela bactéria Chromobacterium violaceum, presente no Rio Amazonas, apresentava efeito antitumoral em células de pacientes com leucemia. A partir dessa publicação, pesquisadores de diferentes universidades começaram a investigar as propriedades biológicas do tal pigmento, até o momento só conhecido como violaceína.
Em 2006, outro relatório de avaliação científica publicado na PubMed confirmou: vários estudos comprovavam a capacidade da violaceína em eliminar uma variedade de células cancerígenas (apoptose), incluindo as células de leucemia. No mesmo ano, outro estudo revelou que a violaceína aumenta sinergicamente a citotoxicidade do 5-fluorouracil, acabando com as células de câncer colorretal humano.
Em 2012, outra publicação na biblioteca online da PubMed mostrou que a violaceína induz a morte de células leucêmicas resistentes via reprogramação de quinoma, estresse de retículo endoplasmático e colapso do aparelho de Golgi.
Quem contou tudo isso, foi a cientista Alessandra Faria, que pesquisa tratamentos de câncer e plaquetas na Unicamp, trazendo cada uma dessas publicações numa thread na sua conta oficial do Twitter (@alerrafaria). Ela disse: “Com tantas pesquisas interessantes sobre a violaceína como antitumoral, grupos de pesquisa do mundo todo se interessaram pelo composto: Uruguai, Coreia, Itália, Alemanha, e EUA… Mas o trabalho no Brasil não parou! Em junho deste ano, o grupo de pesquisa da Profa. Ferreira-Halder fez mais um avanço na investigação da violaceina como antitumoral: a violaceina diminuiu a proliferação de tumosferas e a migração celular”
Todas essas pesquisas apontam um futuro promissor no uso da violaceína no tratamento de câncer. Muitas dessas pesquisas só foram possíveis graças ao investimento em pesquisa e ciência da Fapesp, CNPq e Capes, que infelizmente foram destruídos pelo governo Bolsonaro.
Saiba mais:
Link
Instragram