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O Relatório Anual do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da Área Ambiental, realizado pela Ufes com participação de mais de 500 pesquisadores revelou níveis ainda preocupantes de contaminação em toda a biodiversidade do Rio Doce. Prestes a completar oito anos, o crime da Samarco/Vale-BHP no Rio Doce, o documento foi apresentado em um seminário nos dias 17 e 18 de agosto na Ufes, reunindo também membros da Câmara Técnica de Biodiversidade (CTBio) e outras instâncias do Comitê Interfederativo (CIF), e ainda outros pesquisadores e especialistas envolvidos no PMBA. “No rio está demonstrada a contaminação da biota em níveis preocupantes, com crescimento explosivo das espécies invasores. Será necessária uma intervenção forte para tentar recuperar um pouco, no sentido de capturar exóticas, fechar algumas áreas, introduzir nativas. No mar, tem que avaliar por tipo de pescaria. […] Na Foz do Rio houve transformações muito grandes: a área lamosa aumentou muito. Os demais manguezais, socialmente tão importantes, estão muito contaminados. O impacto social é tão grande ou maior que o ambiental”, pontua o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Joca Thomé. Um dos desdobramentos práticos do relatório e das discussões fomentadas no seminário, é o estabelecimento de novas deliberações e sentenças por parte do CIF e da Justiça, além de notas técnicas e normativas dos órgãos ambientais e ações do Ministério Público, com vistas a adequar as medidas de reparação e compensação em curso, como vem ocorrendo desde que o PMBA passou a publicar seus dados e conclusões. Com informações de Século Diário e MAB Siga @minasninja e acompanhe mais conteúdos e coberturas NINJA em Minas Gerais
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