EXCLUSIVO | A gestão do extremista de direita Jair Bolsonaro (PL) diminuiu o aco…


EXCLUSIVO | A gestão do extremista de direita Jair Bolsonaro (PL) diminuiu o acompanhamento médico de crianças Yanomami quando metade delas estava desnutrida. É o que apontam dados obtidos com exclusividade por SUMAÚMA. Entre o primeiro e o último ano do governo Bolsonaro, a proporção de crianças Yanomami de até 5 anos acompanhadas por médicos foi de 90% para 75%. A redução no acompanhamento de saúde, que deixou crianças já fragilizadas sem acesso regular a médicos, é mais uma face do genocídio promovido contra a etnia pelo governo Bolsonaro. Também ajuda a explicar como, durante seus quatro anos de governo, pelo menos 570 pequenos Yanomami perderam a vida por causas que poderiam ter sido evitadas se houvesse assistência de saúde – um número 29% maior do que o registrado na gestão presidencial anterior, conforme revelamos em 20 de janeiro. Crianças com desnutrição são nove vezes mais propensas a morrer de doenças como pneumonia e diarreia.

Os dados apontam que, em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, ao menos 2.875 crianças Yanomami de até 5 anos (49% do total) tinham peso abaixo do esperado para idade –sendo 1.601 delas com peso muito abaixo, a forma mais severa de desnutrição. Em 2019, 90% das crianças do território eram monitoradas. Diante deste nível de desnutrição, a ação óbvia seria investir na recuperação, prevenção e acompanhamento. O governo Bolsonaro fez o contrário. No ano seguinte, 2020, o número de crianças Yanomami acompanhadas passou a diminuir. Em 2022, último ano de Bolsonaro, a proporção de crianças de até 5 anos acompanhadas caiu para 75%. Com isso, a taxa de desnutridos diminuiu nas estatísticas – 38% dos 5.861 Yanomami da faixa etária tinham baixo peso. É o que se chama de apagão estatístico: como não há acompanhamento, os números “melhoram”.

Leia a reportagem completa de Talita Bedinelli no link da bio.

Foto: Lalo de Almeida/Folhapress.

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